Racismo na Bahia e no Brasil

Publicado: 26 de julho de 2011

p style=text-align: justifyldquo;O racismo na Bahia e no Brasil estaacute; cada vez mais notoacute;rio, ao ler o artigo publicado no jornal A tarde, (Secretaacute;rio de Justiccedil;a, porteiro ou vigilante), escrito pelo secretaacute;rio Almir Sena, faccedil;o questatilde;o de dizer que, somos uma sociedade igualitaacute;ria e precisamos nos unir para combater certas irregularidades em nossa terra, uma delas, o racismo. Precisamos despertar interesse da comunidade atraveacute;s da disseminaccedil;atilde;o da informaccedil;atilde;o para que, todo cidadatilde;o, fique sabendo sobre todas as poliacute;ticas puacute;blicas de combate ao racismo e a comunidade negra que tanto nos orgulhardquo;. Rosemberg Pinto./p
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Artigo: secretaacute;rio de Justiccedil;a, porteiro ou vigilante/p
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O Prof. Olacyr Nogueira, no seu trabalho ldquo;Preconceito de Marca ou preconceito de Origemrdquo;, publicado no seacute;culo passado, ao discorrer sobre as diferenccedil;as do racismo no Brasil e nos Estados Unidos, assinalava que, enquanto na sociedade norte-americana a referecirc;ncia racial era genotiacute;pica, na sociedade brasileira prevalecia a diferenccedil;a fenotiacute;pica, isto eacute;, fundada no conjunto de caracteres fiacute;sicos superficiais dos indiviacute;duos (cor da pele, textura do cabelo, tonalidade dos olhos, etc). Por essa hierarquizaccedil;atilde;o racista, a discriminaccedil;atilde;o social distingue as atividades e profissotilde;es que lsquo;naturalmentersquo; devem ser desempenhadas por brancos, daqueles que lsquo;normalmentersquo; cabem aos negros, independente do preparo teacute;cnico ou acadecirc;mico das pessoas inseridas em um dos dois grupos. Desde cedo, na condiccedil;atilde;o de cidadatilde;o negro de estatura alta (1,90m) e que, em decorrecirc;ncia da profissatilde;o de promotor de justiccedil;a, usava terno e gravata diariamente, acostumei-me a ser confundido com valorosos profissionais que exercem as funccedil;otilde;es de porteiros ou vigilantes. Assim, pude vivenciar como estas profissotilde;es exigem um acurado espiacute;rito de paciecirc;ncia e toleracirc;ncia com as condutas arrogantes, mal-educadas e grosseiras, praticadas por aqueles que se acham inseridos no rol dos lsquo;bem nascidosrsquo; ou do establish-ment da sociedade brasileira. Afastado das funccedil;otilde;es do Ministeacute;rio Puacute;blico para ocupar o igualmente honroso cargo de secretaacute;rio de Justiccedil;a, Cidadania e Direitos Humanos, permaneccedil;o, por exigecirc;ncia da funccedil;atilde;o, usando diariamente terno e gravata. E continuo, para meu gaacute;udio e orgulho, sendo identificado como porteiro ou vigilante.br /
Eacute; bom que se divirta, portanto, aos saudosistas da antiga lsquo;Proviacute;ncia da Bahiarsquo; que, em tempos de lsquo;Terra de todos noacute;srsquo;, quando falar com um porteiro ou vigilante, tenha o respeito devido, pois poderaacute; estar tratando com o secretaacute;rio de Justiccedil;a, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia; da mesma forma, ao se dirigir ao secretaacute;rio, tenha ainda mais respeito, pois, na verdade, pode estar tratando com o porteiro do preacute;dio ou o vigilante de shopping./p
p style=text-align: justifyAlmir Sena/p
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