Óleo nas praias: “Bolsonaro se sente realizado quando cria sustos e pânico na sociedade”, critica Rosemberg

“Bolsonaro se sente extremamente realizado em criar sustos e pânico na sociedade”, declarou o líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Rosemberg Pinto (PT), na tribuna da Casa, nesta terça-feira (5), em resposta ao presidente da República, ao afirmar no último domingo (3) que ‘o pior está por vir’ em relação ao vazamento de óleo que afeta a Bahia e todo o litoral nordestino.

Ex-funcionário da Petrobras,  Rosemberg posiciona sua legitimidade sobre o tema: “como técnico da estatal que fui, é uma irresponsabilidade do presidente em dizer que o pior está por vir”. Ainda acrescenta que a fala de Bolsonaro oferece margem para que a sociedade suspeite que “está parecendo que ele sabe de um vazamento que vai acontecer. Aí, se pressupõe, que ele soubesse desse anterior. É algo inimaginável”, criticou o parlamentar petista.

O pior desastre ambiental da história do litoral nordestino demonstrou o apreço que Bolsonaro tem pela região, tal consideração já foi declarada pelo mandatário quando, após tomar posse, em janeiro, deferiu à população do Nordeste: ‘eu não sou o presidente deles’.

“O presidente deveria buscar encontrar a solução, e paralelamente, se juntar aos governadores e prefeitos e fazerem uma força-tarefa para mitigar essa situação, que ficou a cargo dos governos dos estados do Nordeste e dos prefeitos e prefeitas cujos os municípios têm uma dificuldade muito grande na sua arrecadação”, apontou o petista.

Descaso ambiental: em 2013, a presidenta Dilma Rousseff (PT) criou, por decreto, o Plano de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional. A medida tem por objetivo articular a ação de diferentes órgãos federais e estaduais na resposta a acidentes de poluição por óleo. Porém, em abril, Bolsonaro extinguiu dois dos conselhos que integram a estrutura organizacional do PNC: o Comitê Executivo e o Comitê de Suporte.