Deputado Rosemberg defende que a Educação é base da transformação social

Publicado: 06 de setembro de 2022

 

 

Com a premissa de oportunizar discussões e apresentar alternativas para diferentes setores, o mandato do deputado estadual e candidato à reeleição, Rosemberg Pinto (PT), realizou na noite de ontem (5) a segunda plenária. Com o tema “Educação – Base de Transformação Social”, a atividade reuniu educadores e profissionais da área, gestores públicos, estudantes, artistas, políticos e a sociedade em geral. Além dos debates, intervenções culturais fizeram parte o evento.

No centro do debate, o parlamentar e anfitrião recebeu os secretários estaduais de Educação, Danilo de Melo, e de Cultura, Arany Santana; além do professor e mestre em gestão de políticas públicas, Carlos Abicalil, e do presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia, professor e especialista em inclusão e diversidade na Educação, Paulo Gabriel.

Motivados com a possibilidade da eleição de um professor para governador (Jerônimo), os presentes interagiram durante toda a dinâmica. Na pauta, a importância de uma educação integrada, inclusiva, sistêmica, que abrace todos. “Nosso desafio é oportunizar e entender que a Educação é a expressão da liberdade e que é preciso uma adequação constante. Nossa política e programas precisam acompanhar esse dinamismo. Minha expectativa é de que a gente possa fazer com que a nossa juventude entre na escola e receba o acolhimento necessário, garantindo o processo de aprendizagem”, considera Rosemberg, fazendo uma analogia à função dos porteiros na pré-escola. “É essa receptividade que precisa perpetuar, vai fazer a diferença e transformar a sociedade”, conclui.

Enquanto o professor Paulo Gabriel citou Paulo Freire, para enaltecer o saber e falou do investimento do governo Lula nos institutos federais, Abicalil atraiu a atenção de todos ao falar das oportunidades e direitos como conquista; e da vitalidade e potencial da juventude, ao referenciar Anísio Teixeira. Na centralidade do tema escolhido, ele definiu: “Bote fé na Educação representa o encantamento por um desejoso futuro. Colocar fé significa ter conhecimento generoso, curiosidade para a gente que quer melhorar. Rodas como essa atualizam sobre balanços, mas apontam desafios e soluções criativas, como a política territorial implementada pelo Estado”, argumentou. Ele ainda falou da ameaça à extinção das políticas de cotas no Brasil, que completa 10 anos.

Para ele, o caminho é a inclusão. “Não basta reconstruir, que também é diferente de restaurar, é preciso reparar os campos, criar novos ambientes, garantir que a escola abrace todos,  discuta racismo estrutural e pobreza menstrual”, concluiu.

Presente nos dois encontros, a secretária de Cultura da Bahia, Arany Santana, diz estar diante de um trabalho revolucionário do parlamentar. “Quantos exemplos, práticas. Rosemberg é um educador potencial, diferenciado na sua generosidade. Ele é o responsável por essa aproximação entre a Educação e a Cultura, por humanizar mais os alunos, torná-los mais inclusos e libertos. É preciso ter coragem para dividir esse mandato e empoderar pessoas”, defende.

Investimento

Vale ressaltar que o investimento em Educação na Bahia, ao contrário do que os adversários políticos insistem em dizer, poderia servir de referência para outros estados da federação. É o que defende o secretário de Educação Danilo de Melo. “É preciso dialogar com o coração e com os números.  Das políticas que a Bahia pode ‘emprestar para o Brasil’, destaco o Bolsa Presença que beneficia 410 mil jovens. O único estado da federação com um programa semelhante é São Paulo, que atende a 200 mil jovens e investe R$200 milhões, enquanto que a Bahia investe R$700 milhões”, comparou.

Ainda segundo ele, o investimento é uma demonstração de que era preciso reconhecer uma estratégia para que os jovens permanecessem na escola e não abdicassem dela para trabalhar nas lavouras, garantindo a colheita e o ganho de todo o ano.

Merenda escolar

Em relação ao veto do presidente Bolsonaro ao reajuste da merenda escolar, o secretário falou do esforço para garantir a quantidade e qualidade da alimentação, em tempo de escassez em casa. O Estado investiu R$234 milhões, esse ano, contra R$66 milhões do governo federal. “Os números estão no portal da transparência e mostram quem, de fato, tem o compromisso e pode transformar.  Enquanto a Bahia destina R$ 2,50 e R$5, valor máximo para o ensino integral, o governo federal destina apenas R$ 0, 36 e R$1, 07, respectivamente”, divulga, chamando ainda a atenção para o descaso da prefeitura da capital. “O investimento da alimentação escolar de Salvador, além de ser terceirizado, é bem inferior ao orçamento descentralizado que é feito pelo Estado nas escolas”, avalia.

Ele concluiu falando do legado de Anísio Teixeira, na construção de um sistema, com padrões mínimos educacionais que ainda servem de referência para a atual gestão. “Precisamos discutir, de maneira sistêmica, essas políticas de educação. Já encaminhamos para a Assembleia o Projeto de Lei do Sistema Estadual de Educação. Pode não ser a melhor Lei, nem a definitiva, mas partiu das bases, comunidades e de todas as instituições”, conclui.

O evento

A Plenária Bote Fé na Educação discutiu ainda o movimento estudantil e a sua importância na disputa por espaços políticos, por meio dos grêmios, e de auxílios e políticas sociais; tratou do investimento em obras estruturantes, na construção e de modernização de escolas, na capital e interior do estado; da importância dos núcleos territoriais de Educação, em trazer a identidade e especificidade para discutir a educação plural, que emancipa; do Regime de Colaboração e da necessidade da recomposição da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase/MEC).

Ao final de seu discurso, o deputado Rosemberg agradeceu as presenças dos estudantes, dos diretores dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE), Leninha Vila Nova (05 – Itabuna/Ilhéus) e Alécio Chaves (08 – Itapetinga); dos pedagogos Professor Emerson (prefeito de Santa Inês) e Josefina Castro (ex-prefeita de Coaraci); do presidente da Câmara de Patrimônio do Conselho Estadual de Cultura, Tata Ricardo; além dos postulantes petistas à Câmara dos Deputados: Elisângela Araújo, Marta Rodrigues, Tauã e Xandó.

Por Ana Paula Loiola