Sessão Especial: saída da Petrobras do ramo de fertilizantes é uma “missa encomendada”, declara deputado Rosemberg

Publicado: 18 de junho de 2019

O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Rosemberg Pinto (PT), participou da Sessão Especial com o tema “Problemas e Prejuízos causados pela parada da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN) BA/SE”, nesta segunda-feira (17), no Plenário da Casa, e reafirmou o que, infelizmente, vem ocorrendo em relação a Petrobras no Brasil, e em especial na Bahia: o entreguismo da estatal ao capital estrangeiro – posto em prática pela atual gestão Bolsonaro.

“Digo que é missa encomendada. Porque a Petrobras não priorizou as unidades Bahia e Sergipe, do ponto de vista tecnológico, deixou as unidades extremamente atrasadas em relação a modernização. Eu ainda tenho uma grande preocupação: a falta de investimentos tecnológicos. É muito difícil no arrendamento se fazer altos investimentos em modernização, que a depender do tempo do contrato não tem capacidade de encontro de contas”, afirmou o petista.

Apesar da falta de investimentos tecnológicos, a Fafen-Ba é vital para o funcionamento do Polo Petroquímico de Camaçari, diversas empresas dependem dela, pois a amônia é necessária para: Oxiteno, Acrinor, Proquigel, IPC do Nordeste e PVC; a ureia é utilizada na Heringer, Fertpar, Yara, Masaic, Cibrafertil, Usiquímica e Adubos Araguaia; e o gás carbônico, na Carbonor, IPC e White Martins.

Quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, o Brasil é responde por 12% da produção mundial de grãos e se destaca como o maior exportador do planeta. Soberania nacional, segurança alimentar, redução dos importados -75% dos fertilizantes necessários para o abastecimento do mercado interno e para a exportação do país vem do exterior-, geração de empregos e riquezas no país estão em jogo com a saída da Petrobras do ramo de fertilizantes.

Para o deputado Rosemberg a Petrobras é estratégica. “Ela – Petrobras – não pode ser entendida como uma empresa de caráter eminentemente econômico. A Petrobras tem que ser encarada como uma empresa de desenvolvimento, e ela tem que ajudar a fomentar o desenvolvimento em todos os sentidos, em todos os segmentos”, defendeu.