Saubara sedia Encontro de Cheganças, Marujadas e Embaixadas da Bahia

Publicado: 01 de agosto de 2019

A Associação Chegança dos Marujos Fragata Brasileira realiza desde 2013 o Encontro de Cheganças, Marujadas e Embaixadas da Bahia, na cidade de Saubara. Chegando à sétima edição, o evento movimenta o município do recôncavo baiano nos próximos dias 2, 3 e 4 de agosto, com o apoio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), órgão vinculado à Secretaria de Cultura da Bahia (Secult).

Em 2018, a associação realizou um inventário dos grupos existentes na Bahia, percorrendo os o estado na busca de informações sobre essas manifestações. Foram 14 municípios mapeados (Caravelas, Alcobaça, Prado, Camaçari, Saubara, Jacobina, Taperoá, Cairu, Andaraí, Lençóis, Bom Jesus da Lapa, Sítio do Mato, Paratinga e Curaçá), distribuídas em 8 territórios de identidade (Extremo Sul, Região Metropolitana de Salvador, Recôncavo, Piemonte da Diamantina, Baixo Sul, Chapada Diamantina, Velho Chico e Sertão de São Francisco).

Já em 2019, as manifestações das Cheganças, Marujadas e Embaixadas foram reconhecidas patrimônio cultural imaterial do estado, sob o Decreto nº 18.905 de 11 de fevereiro, que averba o registro no Livro Especial de Expressões Lúdicas e Artísticas. Esta era uma das principais demandas dos grupos, a solicitação foi feita pela Associação Fragata Brasileira ao Ipac, que foi responsável pela realização do estudo e dossiê.

A sétima edição vem para celebrar a conquista entre os 20 grupos em atividade, dos quais 15 levarão para as ruas de Saubara todo encanto e valor cultural dessa manifestação. Para os membros dos grupos, receber o título de Patrimônio Imaterial da Bahia é um marco histórico que vislumbra outros horizontes levados pelos seus saberes e fazeres.

O Encontro de Cheganças, Marujadas e Embaixadas da Bahia é apoiado pelo IPAC desde 2016, contribuindo para a manutenção da tradição. “É importante salientar a participação do IPAC em todo processo, uma parceria que proporcionou uma tomada de consciência maior entre nós dos grupos. A Patrimonialização de uma manifestação cultural revela o caráter social existente entre os mais diversos atores. Seguiremos cada vez mais buscando entender o que é ser um bem registrado e cada dia estaremos mais próximos”, declara o Coordenador do VII ECMEBA, Rosildo do Rosário.

Fonte: Secom Bahia