Rosemberg diz que Moro se utiliza da estrutura do Estado para se credenciar

Publicado: 24 de maio de 2022

Parlamentar comemora ação popular, movida pelo PT, que torna o ex-juíz réu

 

O deputado estadual e ex-petroleiro, Rosemberg Pinto (PT), se posicionou na tarde de hoje (24) sobre a acusação, movida por seu partido na Justiça Federal do DF, que torna o ex-juíz Sérgio Moro réu por alegados prejuízos à Petrobras. A ação popular fundamenta a acusação nos desvios de finalidade, excessos e abusos cometidos, durante a operação Lava Jato, e toda instabilidade econômica gerada, de alto custo social ao país. O Tribunal de Contas da União estima um prejuízo de R$18 bilhões na estatal.

Para o parlamentar e ex-dirigente da empresa, as decisões equivocadas de Moro e que foram desmistificadas pelos tribunais superiores, levou a Petrobras a um prejuízo altíssimo e, obviamente, o estado que detém 38% das ações. “O ex-juíz Sérgio Moro, agora está do outro lado da mesa. A cada dia, fica mais claro a parcialidade de quem nunca agiu como magistrado e sim como um político, e dos ruins, que se utiliza da estrutura do Estado para se credenciar. Ao usar sua função para agir politicamente, ele acaba cometendo um deslize, um crime, e também vira réu. Espero que a Justiça faça com que ele possa ser responsabilizado pelo prejuízo causado, em especial à Petrobras”, analisa.

“Foi a partir daí, que ele negociou (segundo Bolsonaro) uma possível ida para Supremo Tribunal Federal, virou ministro da Justiça e, depois, por não ter conseguido o protagonismo que queria, acabou pedindo para sair e se candidatando à presidência (vaga que não mais pleiteia). Usou o prestígio que ganhou para trabalhar para as empresas que ele mesmo condenou. É uma sucessão de crimes cometidos que descaracteriza ele, não só como juiz, mas como uma pessoa proba. Quem age dessa maneira, não merece o respeito da sociedade. Alguém que tenta simular que mora num lugar, quando na verdade, mora em outro, apenas para lhe dar domicílio eleitoral. Uma pessoa dessas não tem a menor capacidade de atuar com seriedade no campo da política”, enumera.

 

Por Ana Paula Loiola