“O Estado tem feito o dever de casa. Precisamos é que o governo Bolsonaro destrave e crie uma política de desenvolvimento para ajudar os estados”, defendeu Rosemberg durante audiência com secretário da Fazenda

Publicado: 15 de outubro de 2019

O líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Rosemberg Pinto (PT), alertou nesta terça-feira (15) para a necessidade de o governo federal apresentar uma política de desenvolvimento eficaz para ajudar os estados brasileiros.

A defesa do líder governista no Parlamento baiano foi durante a apresentação do desempenho das finanças do Estado no 2º quadrimestre de 2019. O balanço foi apresentado pelo secretário de Fazenda da Bahia, Manoel Vitório.

“A Bahia é o 2º estado com maior investimento no Brasil. Sem dúvida alguma, o governador Rui Costa, através do secretário Manoel Vitório, tem feito o dever de casa. Precisamos agora é que o governo Bolsonaro destrave e crie uma política de desenvolvimento para ajudar os estados”, alertou Rosemberg.

De acordo com dados da Sefaz, R$ 1,22 bilhão já foram investidos entre janeiro e agosto deste ano pelo governo baiano. O montante é inferior apenas aos investimentos feitos pelo Estado de São Paulo, que arrecada cinco vezes mais e desembolsou R$ 2,64 bilhões no mesmo período. O Estado do Ceará, terceiro colocado no ranking de investidores, garantiu pouco mais da metade de tudo que a Bahia investiu nos oito primeiros meses do ano.

Ainda conforme a pasta, além de manter o ritmo dos investimentos, a Bahia preserva o equilíbrio fiscal, mesmo com as crescentes dificuldades geradas com a estagnação econômica.

“Esse é o grande problema atualmente, porque não há uma política econômica consistente que gere desenvolvimento, pelo contrário, há uma estagnação, do ponto de vista do desenvolvimento do país. Só a redução de juros não significa desenvolvimento. Claro que queremos a redução dos juros, mas tem que está vinculada à uma política de desenvolvimento que atualmente falta no programa do Governo Federal”, defendeu Rosemberg.

Outro indicador importante apontado por Manoel Vitório em relação ao equilíbrio fiscal do Estado é a dívida pública, que permanece entre as mais baixas do país. A relação Dívida Consolidada Líquida X Receita Corrente Líquida encerrou o segundo quadrimestre em 61%, o que garante à gestão baiana um patamar confortável em relação aos parâmetros estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a coloca entre as menos endividadas do Brasil.

“Estamos fazendo a nossa parte, mas não é o suficiente para garantir o crescimento econômico. Nossa economia, sozinha, não consegue superar todas as adversidades. Precisamos que aja um movimento social para pressionar o governo federal, que é quem tem os instrumentos necessários para tirar o país da estagnação”, também alertou Manoel Vitório.