“Antes parávamos para reivindicar melhores condições de trabalho. Hoje, paramos para reivindicar produção”, diz Rosemberg em ato de defesa da Fafen

Publicado: 01 de abril de 2019

O deputado Rosemberg Pinto (PT) participou, na manhã desta segunda-feira (1º), do ato em defesa da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen), evento organizado por entidades representativas dos trabalhadores da empresa como o Sindipetro, Sindiquímica, Sinditic e Sindilimp, no Polo Petroquímico de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Ex-funcionário da Fafen, Rosemberg, principal nome na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) em defesa da empresa, afirmou que a companhia vive uma situação atípica e contraditória.

“Antes parávamos para reivindicar melhores condições de trabalho. Hoje, paramos para reivindicar produção”, lamentou o ex-líder sindicalista e atual líder do Governo no Parlamento baiano.

No último dia 21 de março, a Justiça Federal voltou atrás na decisão que reconhecia a liminar que impedia a hibernação da Fafen, após a Petrobras protocolar pedido de reconsideração da decisão, ao alegar que precisaria realizar uma Parada Programada Geral (PPG) que custaria R$ 40 milhões aos cofres da estatal. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), houve um “by-pass” do juiz direcionando as novas alegações já para o desembargador Jirair Aram Meguerian, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, gerando o que eles chamam de “supressão de instância”. Na sua decisão, o magistrado passou a concordar com a Petrobras e a União, contrariando seu próprio entendimento exposto em 28 de fevereiro último, com base nesses fatos novos que não foram apreciados pelo Juiz da causa.

“É inquietante que um desembargador experiente que já foi presidente do TRF [Tribunal Regional Federal] tenha falhado no procedimento de um recurso corriqueiro que recebeu para julgar, negue uma liminar e semanas depois volte atrás cedendo aos caprichos de um novato na AGU [Advocacia-Geral da União]”, condena o Sindipetro.